24 de out. de 2010

ALGBT-GO quer máquinas de preservativos em ‘points’ LGBT de Goiânia

Estudos do Departamento de Aids demonstram que o percentual de infecção pelo HIV na população em geral é de 0,2%, enquanto que em gays, o índice ultrapassa a marca dos 10%.
O Presidente da Aliança LGBT do Estado de Goiás (ALGBT-GO), jornalista Léo Mendes, enviou ofício ao Departamento de Aids solicitando a instalação de máquinas de preservativos masculinos (camisinhas) nas cinco boates, cinco saunas e também nos dois cinemas e em três bares de frequencia gay, todos em Goiânia.
Em sua justificativa, Léo Mendes ressaltou que os gays e as travestis são os que mais se infectam com o vírus HIV, o vírus da Aids, e não há qualquer política pública de prevenção da epidemia. Estudos do Departamento de Aids demonstram que o percentual de infecção pelo HIV na população em geral é de 0,2%, enquanto que em gays, o índice ultrapassa a marca dos 10%. De acordo com Léo Mendes, que também é membro da Comissão de Articulação de Movimentos Sociais em Aids (Cams), cada preservativo (camisinha) custa R$ 0,36. Além disso, uma pessoa portadora do HIV é obrigada a gastar mais de R$ 1 mil mensais com tratamentos da saúde. “Só ai já é possível perceber a relação de custo/benefício da instalação de máquinas de preservativos nos locais de frequencia gay”, ressaltou o presidente da ALGBT-GO.
Na contra-mão – O Ministério Público Federal em Goiás (MPF/GO) instaurou inquérito civil público visando apurar, acompanhar e fiscalizar as ações do governo federal referentes à implantação do programa Saúde e Prevenção nas Escolas (SPE) no Estado. Os ministérios da Saúde e da Educação desenvolvem em conjunto o programa voltado para a educação sexual e a prevenção de doenças, sobretudo no que diz respeito à gravidez não planejada, e também às infecções por doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e pelo vírus HIV.
De acordo com a assessoria de Comunicação do MPF/GO, dentre as medidas planejadas pelo programa, consta a previsão de distribuição, até o fim de 2010, de pelo menos 400 máquinas de preservativos (camisinhas) em estabelecimentos de ensino participantes do SPE. O procurador da República, Aílton Benedito de Souza, irá oficiar as secretarias-executivas dos ministérios da Saúde e da Educação, solicitando informações sobre os fatos, estudos científicos e base jurídica para o desenvolvimento do programa. [Com informações de Léo Mendes e do jornal ‘Diário da Manhã’.]

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